Quem sabe ao certo o que é uma causa perdida? Um sonho, uma utopia, serão estes os exemplos típicos de uma causa perdida?
Ás vezes questiono-me se de facto vale a pena lutar, mas quando me encontro sobre a minha almofada e fecho os olhos, tudo é tão nítido, tão translúcido!
Se eu não tentar atingir o meu maior desejo, minha vitória, o meu Palácio da Ventura, quem serei eu? Que lema seguirei eu no meu dia-a-dia?
Ontem, hoje e amanhã. Todos os dias, até ao último, aquele que há-de vir, que não foge, que não se adia, que não se cancela, são dias de lutar pelo sonho mais honrado, o sonho pela felicidade.
Não deixes para amanhã aquilo que podes fazer hoje! Não esquecerei!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Rumo a casa - a Solidão da Cidade

Mais uma vez saio deste lugar recalcado e de pedras centenárias. Com um pouco de jeito e um pouco de desleixo fujo às poças grandes, calcando pedras bicudas e poças menos profundas.
Parece que me fala, este lugar, que me quer aconchegar e abraçar. Contudo, aos poucos, passo após passo, abandono-o.
A rua! As pessoas fogem do olhar directo, olham-me de lado, de alto a baixo e de baixo para cima, mas nunca de frente. Hoje, tal como ontem, avanço pela multidão, pelo ruído de vozes altas e vozes baixas, buzinas de carros e sons menos rotineiros. Sou um espectro, ninguém aqui testemunha a minha luta infinita, ninguém me pergunta donde venho ou para onde vou, e eu caminho.
Finalmente chego à estação do metro, sem antes contemplar a imagem que se me apresenta. Ah! Quem me dera ser pintora, para pintar as sombras, as cores, a arquitectura monumental. Não, talvez poeta, sim, poeta, para descrever tão sublime imagem, triste e saudosista, tão própria do meu Porto! Descrever as gaivotas e os pombos que esvoaçam, partem das casas antigas e aninham em qualquer sítio que lhes dê conforto; e a magnitude destes monumentos, prédios e casas, as gotas negras que os cobrem de luto, relembrando o quão efémera a vida é, e ao mesmo tempo bela, única e imprevisível.
Mas não, não posso, 17:40, devo ir, tenho que ir… E vou! Deparo-me com o presente, as tecnologias tornaram possível tudo o que avisto e ouço e… ouço o metro, tenho que ir, rápido, rápido, o metro chama-me. Corro, desço escadas, e ouço passos, quem lá vem? Só mais um desconhecido que por instantes se torna meu companheiro de viagem.
Cheguei. Sento-me num banco e olho em meu redor. As vozes traulitantes dos estudantes, o olhar vago e translúcido de alguns idosos, a sinfonia desconexa dos passos dos que entram e dos que saem e… Ups…. Saio aqui…
A comitiva dos que “saem aqui” agrupa-se como um grupo coeso, é emocionante, subimos as escadas juntos, competimos pelo primeiro lugar, pela frente do grupo e, de repente, cá fora, afastamo-nos.
Mais uma vez, maquinalmente, caminho, sem parar uma vez, por vezes até conto os passos, 4 282 são normalmente os passos que dou até casa, sempre em frente. E cada passo que dou, penso eu, é um passo que já perdi, que não volta, e não há nada atrás, só há frente.
Eis que chego a meio da minha jornada, aqui onde normalmente há um velho na paragem do autocarro e todos os dias diz: “Olá menina, menina linda”. Já não o vejo há muito tempo, a única pessoa que me reconhece em todo o meu caminho.
Continuo a minha jornada, pelo meio das folhas secas caídas, dos transeuntes que aparecem e desaparecem, os carros acelerados e os pachorrentos, e contínuo, até chegar a casa.
Cheguei, sento-me, estou cansada, encosta a cabeça às pernas e choro. A voz não se ouve, a voz não fala, a voz calou-se. Silêncio.
Aos poucos faço o que sempre faço: preparo uma refeição, estudo e deito-me. Os músculos do meu corpo agradecem e uma voz ressurge, partindo do centro de mim, por estímulos e impulsos nervosos, inflama todo o meu corpo e diz baixinho: “ Amanhã é o dia!”. A voz cresce, grita, lateja e enche o meu coração de esperança e… o despertador toca! 7:30 da manhã.
Hoje é o dia!! Hoje tem que ser o dia!!!
Parece que me fala, este lugar, que me quer aconchegar e abraçar. Contudo, aos poucos, passo após passo, abandono-o.
A rua! As pessoas fogem do olhar directo, olham-me de lado, de alto a baixo e de baixo para cima, mas nunca de frente. Hoje, tal como ontem, avanço pela multidão, pelo ruído de vozes altas e vozes baixas, buzinas de carros e sons menos rotineiros. Sou um espectro, ninguém aqui testemunha a minha luta infinita, ninguém me pergunta donde venho ou para onde vou, e eu caminho.
Finalmente chego à estação do metro, sem antes contemplar a imagem que se me apresenta. Ah! Quem me dera ser pintora, para pintar as sombras, as cores, a arquitectura monumental. Não, talvez poeta, sim, poeta, para descrever tão sublime imagem, triste e saudosista, tão própria do meu Porto! Descrever as gaivotas e os pombos que esvoaçam, partem das casas antigas e aninham em qualquer sítio que lhes dê conforto; e a magnitude destes monumentos, prédios e casas, as gotas negras que os cobrem de luto, relembrando o quão efémera a vida é, e ao mesmo tempo bela, única e imprevisível.
Mas não, não posso, 17:40, devo ir, tenho que ir… E vou! Deparo-me com o presente, as tecnologias tornaram possível tudo o que avisto e ouço e… ouço o metro, tenho que ir, rápido, rápido, o metro chama-me. Corro, desço escadas, e ouço passos, quem lá vem? Só mais um desconhecido que por instantes se torna meu companheiro de viagem.
Cheguei. Sento-me num banco e olho em meu redor. As vozes traulitantes dos estudantes, o olhar vago e translúcido de alguns idosos, a sinfonia desconexa dos passos dos que entram e dos que saem e… Ups…. Saio aqui…
A comitiva dos que “saem aqui” agrupa-se como um grupo coeso, é emocionante, subimos as escadas juntos, competimos pelo primeiro lugar, pela frente do grupo e, de repente, cá fora, afastamo-nos.
Mais uma vez, maquinalmente, caminho, sem parar uma vez, por vezes até conto os passos, 4 282 são normalmente os passos que dou até casa, sempre em frente. E cada passo que dou, penso eu, é um passo que já perdi, que não volta, e não há nada atrás, só há frente.
Eis que chego a meio da minha jornada, aqui onde normalmente há um velho na paragem do autocarro e todos os dias diz: “Olá menina, menina linda”. Já não o vejo há muito tempo, a única pessoa que me reconhece em todo o meu caminho.
Continuo a minha jornada, pelo meio das folhas secas caídas, dos transeuntes que aparecem e desaparecem, os carros acelerados e os pachorrentos, e contínuo, até chegar a casa.
Cheguei, sento-me, estou cansada, encosta a cabeça às pernas e choro. A voz não se ouve, a voz não fala, a voz calou-se. Silêncio.
Aos poucos faço o que sempre faço: preparo uma refeição, estudo e deito-me. Os músculos do meu corpo agradecem e uma voz ressurge, partindo do centro de mim, por estímulos e impulsos nervosos, inflama todo o meu corpo e diz baixinho: “ Amanhã é o dia!”. A voz cresce, grita, lateja e enche o meu coração de esperança e… o despertador toca! 7:30 da manhã.
Hoje é o dia!! Hoje tem que ser o dia!!!
Amor platónico

Quem me deixasse ser borboleta,
Para poder poisar nas tuas mãos,
Sentir o teu toque delicado,
E voar com o teu olhar posto em mim.
Como eu bem queria,
Apenas um só olhar teu,
E como esse simples olhar bastava,
Para ruborizar a minha face.
E se me concedesses esse olhar,
Gostava que vislumbrasses no meu
(Olhar fugidio e rápido com que te olho)
A vontade de voltar a reencontrar o teu.
Almejava ser a Cinderela,
Num baile em que tu (obviamente) és o Príncipe,
Mas nunca perder o sapatinho,
Para a magia eternizar-se no espaço e no tempo.
Mas não…
O nosso olhar não se cruza,
Não sinto o teu cheiro nem ouço a tua voz perto de mim,
Só quando fecho os olhos…
Resta-me a saudade,
De um romance que nunca começou,
A verdade de um amor tão platónico
Como as histórias de Príncipes e Dragões.
E se num lance, num sussurro,
Te pudesse dizer aquilo que sinto,
Te pudesse enviar um segredo proibido,
No silêncio da noite, na frieza da rua,
Será que te apercebias,
Que era de mim para ti?
Que sempre foi dirigido para ti?
Que sempre foste quem eu anseio,
Meu Paladino, minha alma, minha dor?
Após tantos anos, tão longa espera,
Tão curta distância e tão distante presença,
Estive sempre aqui, e aqui estarei
Sempre…
A vi-te amar e vi-te sofrer,
E a ser feliz por te ver feliz,
E secretamente…
A amar-te, como sempre o fiz…
Para poder poisar nas tuas mãos,
Sentir o teu toque delicado,
E voar com o teu olhar posto em mim.
Como eu bem queria,
Apenas um só olhar teu,
E como esse simples olhar bastava,
Para ruborizar a minha face.
E se me concedesses esse olhar,
Gostava que vislumbrasses no meu
(Olhar fugidio e rápido com que te olho)
A vontade de voltar a reencontrar o teu.
Almejava ser a Cinderela,
Num baile em que tu (obviamente) és o Príncipe,
Mas nunca perder o sapatinho,
Para a magia eternizar-se no espaço e no tempo.
Mas não…
O nosso olhar não se cruza,
Não sinto o teu cheiro nem ouço a tua voz perto de mim,
Só quando fecho os olhos…
Resta-me a saudade,
De um romance que nunca começou,
A verdade de um amor tão platónico
Como as histórias de Príncipes e Dragões.
E se num lance, num sussurro,
Te pudesse dizer aquilo que sinto,
Te pudesse enviar um segredo proibido,
No silêncio da noite, na frieza da rua,
Será que te apercebias,
Que era de mim para ti?
Que sempre foi dirigido para ti?
Que sempre foste quem eu anseio,
Meu Paladino, minha alma, minha dor?
Após tantos anos, tão longa espera,
Tão curta distância e tão distante presença,
Estive sempre aqui, e aqui estarei
Sempre…
A vi-te amar e vi-te sofrer,
E a ser feliz por te ver feliz,
E secretamente…
A amar-te, como sempre o fiz…
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Loucura Divina

Hoje estou frenética, saudosista e descontente,
Estou só, por querer e sem o querer,
Abandonada numa melancolia desenfreante
No auge da loucura de todo o ser;
Perdi-me na velha encruzilhada
Tão antiga e conhecida como o próprio Tempo
Tão cega fui, e mais uma vez, ousada,
Pois esqueci, novamente, que amar é como o vento:
Imprevisível, singular e insensato;
Talvez seja este o verdadeiro paladino,
Sussurra-me suavemente o coração,
Talvez tenhas perdido de vez o juízo e o tino
Grita histérica estrondosa a razão;
Rio para o triste desconhecido
Que numa mímica tão genuinamente humana
Esboça um tímido sorriso atractivo
Que coisa tão mundana…
E mais uma vez chega a melancolia
A solidão e a saudade de te abraçar
A insanidade bravia
Que me impele o teu olhar.
Estou só, por querer e sem o querer,
Abandonada numa melancolia desenfreante
No auge da loucura de todo o ser;
Perdi-me na velha encruzilhada
Tão antiga e conhecida como o próprio Tempo
Tão cega fui, e mais uma vez, ousada,
Pois esqueci, novamente, que amar é como o vento:
Imprevisível, singular e insensato;
Talvez seja este o verdadeiro paladino,
Sussurra-me suavemente o coração,
Talvez tenhas perdido de vez o juízo e o tino
Grita histérica estrondosa a razão;
Rio para o triste desconhecido
Que numa mímica tão genuinamente humana
Esboça um tímido sorriso atractivo
Que coisa tão mundana…
E mais uma vez chega a melancolia
A solidão e a saudade de te abraçar
A insanidade bravia
Que me impele o teu olhar.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
1º Dia
Lamentavelmente criei um blog. Achei que seria hora de o fazer e assim o fiz. Que dizer agora? Não sei espero por dicas de quem as queira ofercer. Talvez fotos...humm antes terei de ter uma máquina fotográfica...
Lá se verá, concerteza que isto melhorará.
Com os humildes cumprimentos
Ani
Lá se verá, concerteza que isto melhorará.
Com os humildes cumprimentos
Ani
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