segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Amor platónico


Quem me deixasse ser borboleta,
Para poder poisar nas tuas mãos,
Sentir o teu toque delicado,
E voar com o teu olhar posto em mim.

Como eu bem queria,
Apenas um só olhar teu,
E como esse simples olhar bastava,
Para ruborizar a minha face.

E se me concedesses esse olhar,
Gostava que vislumbrasses no meu
(Olhar fugidio e rápido com que te olho)
A vontade de voltar a reencontrar o teu.

Almejava ser a Cinderela,
Num baile em que tu (obviamente) és o Príncipe,
Mas nunca perder o sapatinho,
Para a magia eternizar-se no espaço e no tempo.

Mas não…
O nosso olhar não se cruza,
Não sinto o teu cheiro nem ouço a tua voz perto de mim,
Só quando fecho os olhos…

Resta-me a saudade,
De um romance que nunca começou,
A verdade de um amor tão platónico
Como as histórias de Príncipes e Dragões.

E se num lance, num sussurro,
Te pudesse dizer aquilo que sinto,
Te pudesse enviar um segredo proibido,
No silêncio da noite, na frieza da rua,
Será que te apercebias,
Que era de mim para ti?
Que sempre foi dirigido para ti?
Que sempre foste quem eu anseio,
Meu Paladino, minha alma, minha dor?

Após tantos anos, tão longa espera,
Tão curta distância e tão distante presença,
Estive sempre aqui, e aqui estarei
Sempre…
A vi-te amar e vi-te sofrer,
E a ser feliz por te ver feliz,
E secretamente…
A amar-te, como sempre o fiz…

1 comentário:

Ana disse...

LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

Que sorte... Esse príncipe é um sortudo! :) E o poema é lindo, lindo... Palavras vindas do coração; as tuas palavras, palavras de quem ama!

Adoro este teu cantinho! :)

Beijo grande da a minha mikinha! ;)